quem fuma por aí

terça-feira, 23 de setembro de 2008

II.

E mais uma vez nos partem o coração. Quando ele, com alguma suspeita de que não há mal que sempre dure se atreve a encher-se de novo, a empolar-se de vivo vermelho, a bombear sangue novo e oxigenado de qualquer coisa que se assemelha a felicidade e a esperança. Desta vez quebram-nos o coração vermelho vivo com facadas, com duros golpes de porrada, com humilhações e toadas negras. Riscam qualquer possibilidade de voltarmos a sentir coisas boas – é mentira, mas agora é tão verdade! -, acabam connosco e deixam no nosso lugar um esboço de nós, mas vazio de quase tudo. Um esboço riscado a carvão de desespero e solidão.

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